sábado, 3 de julho de 2010

Nada é certo

Recebi esse texto por e-mail e gostei muito. É muito parecido comigo. Sempre tento fazer tudo certo, estar sempre certa. Cada vez mais percebo que não é por aí.

-Posso Errar?
Por Leila Ferreira

Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num
hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha
deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de
10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador)
do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de
ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto
cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram
soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei
em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto
a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa
certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou:
certa por quê?

O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou
com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para
descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O
que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se
transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que
chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está
casada — e feliz — com um deles.

E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo
e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a
festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As
vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor
com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo
fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado
mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.

Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas
de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer
alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo
era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no
mérito da questão — da traição ou do cigarro — concordo que viver é, eventualmente,
poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso
guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista
de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos
torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá
status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto
com o óbvio, renunciar ao inesperado.
O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando
constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?!
Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não
boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos
que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como
diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a
gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma
vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes
merecemos aposentar régua e compasso.

(Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres – Por
que será que elas..., da Editora Globo)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Minha cabeça

Eu devia ter um dispositivo dentro da minha cabeça, que me fizesse escrever tudo o que eu penso de uma vez só. Quando eu vejo uma página em branco na minha frente some tudo que tava na minha mente. Acho que isso é trauma da minha profissão. Toda vez que vejo a tela do Word (pq quando eu comecei já tinha Word), me vem um senso de responsabilidade com o que eu vou escrever e o com o que as pessoas vão fazer com aquela informação.

Eu já disse que a faculdade destruiu meu gosto por escrever e é verdade, mas é de escrever qualquer coisa, sabe. Um conto, um artigo, qualquer coisa. O papel branco me intimida e aí eu não consigo escrever a besteira que eu estava pensando.

Talvez isso seja bom pra humanidade. É! O que interessa pro mundo saber o que se passa dentro da minha cabeça confusa? O problema é que é ruim pra mim. Aí eu tenho que ir pra psicóloga porque nem meu marido aguenta minhas crises existenciais.

Mas agora é diferente. Eu vou perder essa inibição, ou melhor, recuperar o que eu perdi aprendendo a ser jornalista. Confuso? É melhor ser. Porque nada que passa na minha cabeça é racional ou fácil de entender.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Respeito

Eu sempre tento ser ética e respeitar os outros. É fundamental na minha profissão. Me preocupo com a informações que repasso, se são verdadeiras, se vão atingir a integridade de outras pessoas. Eu tenho essa prreocupação e acho que todos os profissioanis deveriam ter. Não só Jornalistas.

Hoje levei meu marido no pronto atendimento da Santa Casa e fiquei adimirada com a falta de respeito. Esperamos duas horas para sermos atendidos e ficamos menos de cinco minutos conversando com o médico, que só exminou meu marido porque eu insiti que poderia ser pneumonia.
É simples dizer que é dengue e mandar o paciente pra casa. Mas e as outras doenças? Elas não devem ser descartadas.
O pior de tudo é que estavamos pagando. E com plano de saúde e tudo.
Imagina quem vai no posto de saúde.
É triste e deseperador pensar que dependemos de profissionais assim numa profissão tão fundamental, ou em qualquer outra.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Convívio social

Eu convivo com muitas pessoas diferentes. Têm as inteligentes, as burras, as calmas, as estressadas, as competentes, as incompetentes, as brincalhonas, as sérias e outras mais. O grande problema disso tudo é a diversidade. Quando a gente tá se acostumando com a pessoa calma, entra a estressada e avassala seu dia. Ou quando a gente ta acostumando com as pessoas inteligentes, o burro vem e desanima.

É claro que seria bem pior conviver somente com pessoas do tipo burras, estressadas, incompetentes. Mas, a variedade faz o dia ter altos e baixos, o que ao final do dia, acaba cansando mais ainda.

O mundo perfeito seria conviver com pessoas inteligentes, que sabem a hora certa de brincar, que se esforçam pelo trabalho, enfim, um mundo de fantasia, que todo mundo ta cansado de saber que não existe, mas que não custa nada sonhar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Letra bacana

Adorei essa letra. É minha cara.

Me Adora
(Pitty)

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
“Só não desonre o meu nome”

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Por que Cabeça Mole?

Na minha família todo mundo é cabeça dura! Todo mundo mesmo. Acho que foi por isso que eu aprendi a ser Cabeça Mole. Não que eu aceite tudo o que todo mundo fala (às vezes até faço isso), mas eu não discuto.
É, são poucas coisas que me levam a uma discussão. Na maioria das vezes eu só fico rindo. Alguns acham que é falta de respeito, mas não posso fazer mais nada. É o meu jeito.
Outro motivo do Cabeça Mole é que eu sou devagar. Sou mesmo. Tartaruga ganha longe. Sou a última a entender a piada, por isso começo a rir antes que ela acabe (rsrsrsr). Algumas pessoas acham que escolhi a profissão errada. "Uma jornalista tão lerdinha assim...." Mas não acho que precise ser rápido para ser jornalista. Mas isso é assunto pra um outro post.
Enfim, é isto. Eu tô começando nisso. Quem sabe recupero o gosto por escrever que perdi quando entrei na faculdade.